quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os grandes vilões do desemprego

Quem ainda não enfrentou enormes filas nas instituições bancárias para pagar um imposto, uma duplicata ou até mesmo fazer um depósito. Cada dia que passa estamos diante de um desrespeito ao consumidor que ao que se parece não tem direito nenhum de reclamar.

Foi noticiado em um simpósio de direito bancário, realizado em Porto Alegre, que as "pobrezinhas" das instituições financeiras estão quase falidas, que os juros cobrados mal dão para pagar os direitos trabalhistas dos empregados (empregados? Ao que eu saiba somos nós mesmos que fazemos tudo nos caixas eletrônicos e pela internet? Daqui a pouco vou pedir vínculo de emprego com o banco pois faço todo serviço que é deles e o pior, pago por isso!), que os tributos cobrados são absurdos (os juros cobrados não?) e que se os malvados consumidores continuarem abusando do seu odioso direito de ação, elas irão a bancarrota.

Porém, para minha total surpresa, continuo vendo nos principais jornais nacionais que o lucro das instituições financeiras, a exemplo o do Itaú que cresceu 30,2% e soma de R$ 1,141 bi só no 1º trimestre não para de subir, batendo recordes nunca antes vistos na história.

"Mesmo com lucros recordes, os bancos continuam ocupando o segundo lugar nas listas de reclamação ao Procon:.

Enquanto isso:
"Os números dos funcionários dos bancos caiu pela metade desde 1994" ==> Nota do site: Desemprego x lucros ainda mais altos.
Vejo cada vez mais desemprego, e aqueles poucos sortudos que têm o privilégio de ter um emprego, quando muito, têm um reajuste de cerca de 8% ao ano, sem falar nos aposentados que receberam 6,35% (ao ano) de reajuste e dos funcionários públicos, muitos sem reajuste há anos.

O desemprego estrutural é uma tendência em que são cortados vários postos de trabalho e uma das principais causas é a automação de várias rotinas de trabalho, substituindo a mão-de-obra do homem. As fábricas estão substituindo operários por robôs, os bancos estão substituindo funcionários por caixas eletrônicos, os escritórios informatizados já possuem sistemas que executam tarefas repetitivas e demoradas, eliminando alguns funcionários e preferem investir em máquinas que dão menas dor de cabeça.

Mas as instituições financeiras já deram o recado, eles têm as "costas quentes" e sabem que são os donos da bola e do campinho.

Não bastasse todo poderio econômico, eles contam com a “simpatia” dos ministros do STJ e do STF, que julgam as ações de limitação dos juros sempre favoráveis aos bancos e contrárias ao consumidor. Pois é, ao que eu me lembre o Poder Judiciário deveria ser imparcial, mas estranhamente, estes mesmos ministros gozam de mordomias propiciadas pelos bancos. Há pouco andavam de jatinho fretado pelo Unibanco para uma “confraternização” de um fim de semana inteiro em Comandatuba (com tudo pago), conforme noticiado no dia 7 de abril de 2005 pelo site Endividado.com.

Estamos caminhando a largos passos para um caos social.

Em breve o endividamento da população para com os juros absurdos cobrados será incontrolável. As pessoas estão perdendo seus salários, diminuindo seu nível de vida, e perdendo seu patrimônio para os bancos, é uma transmissão da renda e bens do cidadão para tentar saciar a ganância que parece insaciável.

É hora do nosso governo agir!!!
O governo, deve intervir nas políticas das grandes instituições e empresas que buscam apenas o resultados dos lucros e impedir os desequilíbrios na capitalização.
Este é um processo democrático por excelência, portanto, a democracia não é apenas o sufrágio universal mas também a desconcentração de recursos do poder dirigente, e cada empresa ou banco deve dar sua parcela de contribuição ao desenvolvimento social da população.
“Vamos lutar e cobrar do governo uma lei que vincule os grandes lucros das instituições bancárias e empresas ao número de funcionários”
É a única maneira de gerar empregos e acabar com o descaso feito à população.
Por isso, antes de abrir sua conta num banco, não procure os maiores, procurem os que tratam o cliente com mais respeito, dignidade e os que valorizam o seu tempo e, acima de tudo, o banco mais cômodo pra você.
O administrador

Nenhum comentário:

Postar um comentário